segunda-feira, 28 de setembro de 2009
É preciso ter raça
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Quando as artes se misturam
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Uma terça-feira em Honduras, ou Cora e a política externa
Tudo começou assim:
@cronai: Honduras teria eleições em novembro. Graças à nossa política externa, pode ter guerra civil semana que vem.
about 19 hours ago from web
@cronai: Zelaya é, ele próprio, um golpista. O Brasil leva Honduras tão pouco a sério que nem embaixador tem lá. Agora criou um impasse sem saída.
about 18 hours ago from web
@cronai: É óbvio q não pode entregar Zelaya, o Canalha1, a Michelleti, o Canalha2. E qualquer violência contra a nossa embaixada é ataque ao Brasil.
about 18 hours ago from web
As declarações de Cora Ronai sobre o caso Honduras ontem no twitter geraram uma discussão que se prolongou por horas e que foi se propagando na velocidade #ZéMayerFacts. Qualquer pessoa minimamente informada sabe que o discurso da jornalista é pertinente; no entanto, uma enorme (e surpreendente) quantidade de seus seguidores no Twitter ficaram indignados com a declaração de que a disputa do governo hondurenho é entre dois golpistas e não entre o Bem e o Mal.
A colunista das quintas-feiras no Globo, acostumada a falar em defesa dos animais e das novas tecnologias, se viu no centro de um acalorado debate sobre política externa, democracia, (i)legalidade e liberdade de expressão.
Quando os debatedores afirmaram a eleição de Zelaya como ato democrático, a jornalista rebateu: "Foi; mas deu um golpe interno para continuar no poder; daí o outro golpe."
E lembrou: "Hitler e Mussolini também foram" [eleitos democraticamente].
Questionada sobre o caso da reeleição de FHC (@leandroflds: @cronai No caso do FHC, foi aprovada pelo Congresso. Isso não é golpe. // É verdade. Foi armazém de secos e molhados.) e se os que querem um terceiro mandato para Lula não seriam também golpistas, a jornalista foi direta: "Com certeza".
Para quem ia chegando aos poucos ao debate, meio sem entender a polêmica, ela esclareceu:
"Respondendo a um monte de gente: Zelaya foi eleito para um mandato único. A constituição de Honduras proibe reeleição".
about 16 hours ago from TweetDeck
"Resolveu então propor uma constituinte para mudar a constituição no quesito reeleição. O congresso foi contra. A Suprema Corte também".
about 16 hours ago from TweetDeck
"Zelaya não aceitou nem a posição do Congresso, nem a da Suprema Corte. Resolveu que ia fazer o referndo no grito. Deu no que deu".
about 16 hours ago from TweetDeck
"Não se mudam as regras do jogo durante o jogo. Para mim, isso é golpe. Depor Zelaya sem levá-lo a julgamento também foi golpe".
about 16 hours ago from TweetDeck
E, por fim, quando atacada de sectarismo, comprometimento com a mídia, anarquista, etc., respondeu com a melhor defesa que os 140 caracteres do Twitter já carregaram:
"Não sou responsável pelo jornalismo da Globo. Nem do Globo, aliás. Sou responsável pelas minhas opiniões, e só".
Mais importante que a decisão brasileira de abrigar Zelaya na embaixada ou toda a discussão sobre o que é ou não permitido pela constituição de Honduras, a grande lição que podemos tirar de todo esse debate é que, de fato, a internet talvez seja o último reduto de verdadeira democracia, de verdadeira liberdade de expressão. E fica a reconfortante constatação de que mesmo na mídia, no Twitter, ou onde quer que seja, ainda há, nesse país, quem pense, reflita, discuta, e faça questão de se fazer ouvir, mesmo que muitas vezes cercada pela voz da ignorância. E, o melhor de tudo: sem perder o bom humor.
(Foto: "Hora do Almoço" de Mônica Fagundes, em singelo passeio pelo Zoológico de Buenos Aires)
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Um festival de cinema online
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Bizarrices do Festival
Eu matei a minha mãe (J’ai tué ma mère)
de Xavier Dolan com Anne Dorval, Xavier Dolan, Suzanne Clément, François Arnaud Canadá, / 100 minutos / 2009 EXPECTATIVA
Hubert tem dezessete anos e não ama sua mãe. Além de só ter olhos para o gosto kitsch, as roupas bregas e pequenos detalhes como a forma que ela come, ele a contempla com desprezo. Os mecanismos de manipulação e a culpabilização empregados por ela também não lhe passam desapercebidos e Hubert se vê progressivamente tomado por uma relação de amor e ódio fora do seu controle. Confuso, ele vaga por uma adolescência ao mesmo tempo marginal e típica, repleta de descobertas artísticas, experiências ilícitas, amizades e sexo.
Exibido na Quinzena dos Realizadores em Cannes 2009.
Xavier Dolan nasceu em Montreal em 1989. Iniciou a carreira aos seis anos de idade, ao figurar numa série de propagandas para a televisão. Desde então trabalha como ator de cinema e televisão,tendo participado de filmes como La forteresse suspendue (2001), de Roger Cantin, e Mártires (2008), de Pascal Laugier.
Este é seu primeiro filme como diretor, produtor, roteirista e ator, tendo escrito o roteiro aos 17 anos. Mas não matou a mãe.
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MATADORES DE VAMPIRAS LÉSBICAS
Lesbian Vampire Killers de Phil Claydon com James Corden, Matthew Horne, Paul McGann Reino unido/ 88 minutos / 2009 Midnight
Os amigos Fletcher e Jimmy, dois azarados, decidem passar um feriado no campo para fugir de seus problemas. Chegando a um remoto vilarejo, são conduzidos pelo povo local a um lugar afastado, para servirem de sacrifício humano. A cidade sofre de uma maldição lançada por Carmilla, a Rainha Vampira Lésbica, que acomete as belas meninas de 18 anos que passam por ali. Ao cair da noite, as beldades revelam seu gosto por sangue, e pela carne uma das outras. Para salvar suas vidas, os dois amigos terão que superar seus medos e suas fantasias para se tornarem matadores de vampiras.
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SEDE DE SANGUE (Bak-Jwi – Thirst)
de Park Chan-wook com Song Kang-ho, Kim Ok-vin, Kim Hae-sook, Shin Ha-kyun Coréia do sul, 133, 2009 Midnight
Sang-hyun, padre querido na cidade onde vive, se oferece como voluntário para os testes de uma vacina contra um novo vírus letal. Infectado acidentalmente com o vírus, seu corpo desfalece. No entanto, uma transfusão de sangue de última hora o traz milagrosamente de volta à vida. Transformado em vampiro, ele passa a ter um grupo de devotos seguidores que acreditam que ele possui o dom da cura. O padre, no entanto, precisa lidar com outras preocupações: o desejo incessante por sangue e a paixão pela mulher de um amigo de infância. Prêmio do Júri no Festival de Cannes de 2009. Nasceu em 1963, na Coréia do Sul. Estudou filosofia na Universidade Sogang, onde fundou um cineclube e dedicou-se à teoria de cinema. Trabalhou como assistente do diretor Kwak Jae-Yong até fazer seu primeiro longa-metragem, The Moon is the Sun’s Dream, em 1992. Entre seus filmes, destaca-se a “trilogia da vingança”, formada por Mr. Vingança (2002), Oldboy (2003), Grande Prêmio do Júri em Cannes 2004, e Lady Vingança (2005).
prog no www.festivaldorio.com.br
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